Marcelo Salgueiro Bruno, enfermeiro especialista em traumas e urgências, expõe que o choque anafilático é uma condição médica grave e ambientalmente fatal que ocorre como resposta extrema do sistema imunológico a substâncias estranhas, como alérgicos. Essa ocorrência alérgica sistêmica rápida e intensa pode causar uma série de sintomas debilitantes, incluindo dificuldade respiratória, pressão arterial baixa e colapso cardiovascular. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são essenciais para a sobrevivência do paciente. Neste artigo, abordaremos a avaliação e o manejo de pacientes com choque anafilático.
Avaliação Inicial
A avaliação inicial de um paciente com suspeita de choque anafilático deve ser rápida e sistemática. O profissional de saúde deve seguir os seguintes passos:
Reconhecimento dos sintomas:
Segundo Marcelo Salgueiro Bruno, é crucial considerar os sintomas do choque anafilático, que podem variar de nível a grave. Os sintomas comuns incluem:
- Prurido (coceira) intenso na pele
- Urticária (erupções secretas elevadas e avermelhadas)
- Edema facial, especialmente nas lábios e nas lábios
- Dificuldade respiratória, como sibilância ou falta de ar
- Taquicardia (batimento cardíaco acelerado)
- Hipotensão (pressão arterial baixa)
- Confusão mental ou perda de consciência
- Náuseas, vômitos e diarreia
Histórico do paciente:
Obter informações sobre alergias prévias, exposições recentes a alérgenos conhecidos, medicamentos em uso e histórico médico do paciente é fundamental para avaliar a causa e a gravidade do choque anafilático.
Exame físico:
Um exame físico completo é necessário para avaliar a extensão dos sintomas e determinar a gravidade do choque, diz Marcelo Salgueiro Bruno. O exame inclui a avaliação dos sinais específicos, como pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura corporal.
Manejo do choque anafilático
O tratamento do choque anafilático é uma emergência médica que requer ação imediata. O objetivo é estabilizar o paciente e reverter os sintomas alérgicos. Aqui estão as etapas essenciais no manejo do choque anafilático:
Chamada ajuda médica:
O primeiro passo é chamar uma equipe médica de emergência ou procurar assistência médica imediatamente. Para Marcelo Salgueiro Bruno, o tempo é crucial, e os profissionais de saúde podem fornecer tratamento adequado.
Administração de epinefrina
A epinefrina é o tratamento de primeira linha para o choque anafilático. Ela é administrada por injeção intramuscular na coxa, preferencialmente, para uma ação rápida. A epinefrina ajuda a reverter os sintomas alérgicos, melhorando a pressão arterial, a frequência cardíaca e a respiração. Os pacientes que apresentam risco conhecido de choque anafilático podem ser instruídos a portar consigo um auto injetor de epinefrina.
Suporte respiratório
Se o paciente apresentar dificuldade respiratória, pode ser necessário fornecer suporte respiratório, como oxigênio suplementar ou ventilação mecânica, dependendo da gravidade.
Monitoramento contínuo
O paciente deve ser monitorado de perto após a administração de tratamentos para garantir que os sintomas não retornem ou piorem.
O choque anafilático é uma condição potencialmente fatal que exige avaliação e manejo imediatos. Reconhecer os sintomas, obter um histórico médico detalhado e administrar epinefrina são passos críticos para o tratamento eficaz. A resposta rápida de uma equipe médica treinada é essencial para a recuperação do paciente. Portanto, a conscientização sobre alergias, prevenção e preparação para emergências alérgicas são aspectos importantes para reduzir os riscos de choque anafilático e melhorar as chances de sobrevivência.