As recentes quedas de braço entre o Congresso Nacional e a Suprema Corte preocupam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em conversa recente, o presidente alertou a magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a necessidade de uma reaproximação.
Segundo relatos feitos, Lula destacou que não cabe a ele fazer o papel de mediador, uma vez que, lembrou o petista, os poderes são independentes.
O que o presidente tem pregado é que Judiciário e Legislativo precisam, por eles próprios, encontrar um caminho de consenso.
O petista tem ressaltado, nos bastidores, que o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, é um parlamentar de diálogo, que sempre defendeu uma relação harmoniosa.
E que, neste momento, seria salutar um encontro entre Pacheco e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.
No Palácio do Planalto, há a compreensão de que Pacheco vem sofrendo pressão da direita e desempenha o papel de, justamente, mediar conflitos.
Nesta quarta-feira (17), o presidente do Senado e o ministro Alexandre de Moraes se encontram no Senado.
O esforço é evitar que as quedas de braço se transformem em uma crise institucional.
Lula é cobrado tanto por magistrados como por parlamentares a colocar a articulação política do Palácio do Planalto para atuar em defesa de pautas da Suprema Corte.
O entorno do petista, no entanto, faz questão de lembrar que, diante do crescimento da direita, as digitais do governo federal em pautas de costume só ampliariam o desgaste com o eleitorado moderado.
Por isso, a ordem segue a mesma: evitar se posicionar em casos que cabem aos poderes Legislativo e Judiciário.